21/11/2009

Arte ou artesanato? Mestre Vitalino

Artesanato, arte popular e arte naïf são expressões utilizadas para designar trabalhos de artistas sem formação acadêmica ou sistemática.

Tais conceitos sempre estão sendo revistos e discutidos, pois muitas vezes acabam passando a ideia de que existe um tipo de arte melhor ou pior que outro, o que não é verdade.

Artesanato e arte popular, por exemplo, foram e ainda são expressões utilizadas para trabalhos artísticos que resgatam a cultura popular. No caso brasileiro, podemos dar alguns exemplos: literatura de cordel, tapetes de serragem coloridos feitos em feriados santos, pinturas e esculturas em madeira e cerâmica com temáticas populares (futebol, família, religiosidade, carnaval), etc.

Outra maneira de designar tais trabalhos é a expressão naïf, que significa "ingênuo", ou seja, uma arte ingênua, sem aprendizado sistemático.

Contudo, para continuar a refletir sobre esses conceitos, observe a imagem abaixo:


Ela é de autoria de G.T.O., nome artístico de Geraldo Teles de Oliveira, que realiza seus trabalhos com seus filhos, ou seja, é uma técnica que passa de pai para filhos, uma tradição.

Olhando a imagem, você pode afirmar que não houve um aprendizado sistemático? Pode não ter sido acadêmico, mas certamente tem um método, foi sistemático.

A ideia de tradição presente nas obras de G.T.O. não se refere à sua exclusividade, pois as técnicas e o trabalho são, quase sempre, passados de geração em geração na cultura popular.

Um dos maiores expoentes brasileiros na arte popular, reconhecido inclusive internacionalmente, foi o pernambucano Mestre Vitalino.

Mestre Vitalino

Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, nasceu em Ribeira dos Campos, Caruaru, em 1909, e faleceu em Alto de Moura, Caruaru, em 1963. Foi um ceramista reconhecido por retratar em seus bonecos de barro a cultura do povo nordestino.


                                                                 
Mestre Vitalino começou a fazer escultura de cerâmica ainda criança, com as sobras do barro usado por sua mãe, que era louceira, isto é, fazia utensílios para cozinha


A peça acima é uma espécie de autorretrato demonstrando a tradição ceramista que se perpetua em sua família. Mas suas obras mais conhecidas são as que retratam os costumes, a história e a cultura pernambucana:

Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & ComunicaçãoValéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte).

 


Picasso e sua inspiração na arte africana

Inspirado nas máscascara de vários rituais africanos Pablo Picasso, em 1905, vai fazendo a    ligação de  de suas influências com as peculiaridades  do estilismo africano,e aí surge nitidamente a inspiração para o cubismo




Um exemplo dessa influência é o importante quadro "Les Demoiselles D'avignon".


"Les demoiselles D 'Avignon" - Pablo Picasso
Material e fotos coletados por Alquimistas na arte do blog Arte Moderna, por Jonas Prochownik

17/11/2009

Artesanato com motivação africanista,uso no cotidiano brasileiro




A artesã Lidiane de Porto Alegre, através de releitura as origens africanas e técnica em tinta acrílica aonde a criatividade proporciona a criar guerreirosfaz este trabalho artesanal e impõe uma personalidade africanista. a cada ambiente . As peças africanas decorativas tem uma história muito rica e cada uma desvenda o imaginário ,como Lidiane podemos criar a imagem esboçada em nosso inconciente pelo estudo ou vivência de uma determinada cultura.

Arte com motivações de alimentos


      A arte ganha uma dimensão dependendo do artista e da técnica usada. A materia prima varia, mas o que conta éo talento e a criatividade, como por exemplo a utilização de alimentos na inspiração criação da obra.

Afrodescedentes na Arte:



Um negro na arte.Aleijadinho imprime cores e feições muitas vezes distantes das européias respeitando sua origem.
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em Vila Rica, hoje Ouro Preto MG, por volta de 1730. Era filho natural de um mestre-de-obras português, Manuel Francisco Lisboa, um dos primeiros a atuar como arquiteto em Minas Gerais, e de uma escrava africana ou mestiça que se chamava Isabel.
A formação profissional e artística do Aleijadinho é atribuída a seus contatos com a atividade do pai e a oficina de um tio, Antônio Francisco Pombal, afamado entalhador de Vila Rica. Sua aprendizagem, além disso, terá sido facilitada por eventuais relações com o abridor de cunhos João Gomes Batista e o escultor e entalhador José Coelho de Noronha, autor de muitas obras em igrejas da região. Na educação formal, nunca cursou senão a escola primária.
O apelido que o celebrizou veio de enfermidade que contraiu por volta de 1777, que o foi aos poucos deformando e cuja exata natureza é objeto de controvérsias. Uns a apontam como sífilis, outros como lepra, outros ainda como tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés. De concreto se sabe que ao perder os dedos dos pés ele passou a andar de joelhos, protegendo-os com dispositivos de couro, ou a se fazer carregar. Ao perder os dedos das mãos, passou a esculpir com o cinzel e o martelo amarrados aos punhos pelos ajudantes.
Algumas obras de Aleijadinho;



Jesus Cristo
       
A Última Ceia - Clique para ampliar











Anjo segurando o cálice - Clique para ampliar


Cristo do Passo do Horto - Clique para ampliar

Cristo do Passo da Cruz-às-costas - Clique para ampliar



       



Divino Espírito Santo - Clique para ampliar
Índice das fotos:
1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Profetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e N

Índice das fotos:
1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), S
Índice das fotos:
1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Pr

Índice das fotos:
1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Profetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e Nossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
7.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)

ofetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e Nossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
7.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)

antuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Profetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e Nossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
7.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)

ossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
 


Dez artistas Negros: O artista plástico e museólogo Emanoel Araújo resgatou a obra dos pintores negros brasileiros

  Neste regate reuniram-se 140 pinturas de 10 artistas atuantes entre a segunda metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20. O período em questão, na verdade, ainda não mereceu maior atenção dos estudiosos e historiadores da arte. Ao contrário, Emanoel Araújo ressalta "os maus tratos, a ignorância e a insensibilidade com que se trata no Brasil a história e a memória iconográfica" dessa época.

"Durante muito tempo", diz o museólogo, "pouco se sabia sobre esses pintores, pouco se conhecia de sua produção artística". "Na verdade, essas obras ainda surpreendem quando aparecem no mercado de arte", ele acrescenta, lembrando "a necessidade de uma política de revisão para resgatar em profundidade essa produção artística".

De qualquer modo, dez artistas já passaram a ter seus nomes inscritos, definitivamente, na história da arte no Brasil. "A vida de cada um deles", conta Araújo, "foi uma interminável batalha, um grande esforço pessoal, de uma tenacidade inimaginável, pela afirmação e reconhecimento de suas obras". "O fato de seus nomes permanecerem já credencia a raça negra ao reconhecimento da nação pela sua contribuição à construção da cultura brasileira", conclui.
                                                     
     
   Arthur Timótheo (1882-1922)
Trabalhou  na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e, posteriormente, na Escola Nacional de Belas Artes. Foi pintor de paisagens e figuras, destacando-se entre essas nus e retratos. Algumas de suas paisagens impressionam pela textura, pela luminosidade e pela intensidade do colorido. Esteve na Europa onde manteve contatos artísticos que o influenciaram.




Benedito José Tobias (1894-1963)
O artista é mais conhecido pelos pequenos retratos de negros e negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache sobre papel, “com maestria e com uma certa tensão expressionista”, segundo avaliação de Emanoel Araujo. Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da qualidade e do empenho do artista em desenvolver a técnica pictórica.


Benedito José de Andrade (1906-1979)

Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as décadas de 30 e 40. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, sendo aluno de Viggiani, Panelli e Enrico Vio. Recebeu vários prêmios e está inserido historicamente numa circunstância de intensa produção artística.
Emmanuel Zamor (1840-1917)

Nasceu em Salvador, mas foi criado nas Europa pelos franceses Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu, seus pais adotivos. Estudou música e desenho na Europa. Foi pintor e cenógrafo. Freqüentou a Academie Julian, em Paris, anos antes de Tarsila do Amaral. Voltou ao Brasil entre 1860 e 1862, quando parte de suas obras foi destruída em um incêndio no Brasil.
Estevão Silva (1845-1891)
Foi o primeiro pintor negro a se formar na Academia Imperial de Belas Artes e pode ser considerado um dos melhores pintores de natureza morta do século 19. Realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. A crítica ressalta a qualidade das composições do artista, realizadas com prodigalidade de vermelhos, amarelos e verdes.



Firmino Monteiro (1855 – 1888)
Nasceu no Rio de Janeiro e teve infância atribulada. Exerceu várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Sua reputação se deve à pintura histórica e de gênero, mas executou pintura religiosa e principalmente paisagens.

João Timótheo (1879-1932)
Artista de produção numerosa (deixou cerca de 600 obras), iniciou o aprendizado na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Pintor, decorador e gravador, realizou paisagens, retratos, marinhas, pintura histórica e de costumes. Foi aluno de mestres como Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa.


Horácio Hora (1853-1890)

Nasceu em Sergipe, onde fez os primeiros estudos. Viajou à Europa com subsídio do governo imperial. Em Paris, tornou-se freqüentador habitual do Louvre. Ganhou vários prêmios. Especializou-se em retratos, mas o trabalho considerado sua obra prima é a tela “Pery e Cecy”, inspirada na literatura de José de Alencar.


Rafael Pinto Bandeira (1863-1896)

Aos 16 anos já estava na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Prematuramente reconhecido, o artista permaneceu por vários anos em Salvador onde foi professor de desenho e paisagismo. É considerado como um dos mais importantes paisagistas e marinhistas do século 19.
Wilson Tibério (1923-2005)
Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo Emanoel Araujo, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal, de onde foi expulso por se envolver num movimento revolucionário. Faleceu na França.



 Photos by Zelinda Barros
.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)
                                        
                                                

13/11/2009

O Brasil e suas africanidades


Nosso grupo busca ver a influência das etnias que povoaram o Brasil , começamos pela Africana e através do trabalho de Ayrson Heráclito Novato Ferreira. Um breve relato da obra e vida do artista: Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor do quadro permanente do Centro de Artes, Humanidades e Letras na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Artista Visual , pesquisador e curador. Suas obras, que transitam pela instalação, fotografia, audiovisual e performance, lidam com frequência com elementos da cultura afro-brasileira e já foram apresentadas em mostras nacionais e iternacionais: Bienais,Salões, Exposições individuais, e festivais de arte eletrônicas, como a 3 Bienal do Mercosul ( Porto Alegre)2001, Design 21 (Nova York) 2001 e o MIP2 (Belo Horizonte) 2009 Ayrson Heráclito Novato Ferreira Macaúbas Bahia – 1968 EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS · 2002 “Ecologia de Pertencimento-Museu de Arte Moderna da Bahia-Salvador-Bahia · 2000 “A Transmutação da Carne - ICBA – Galeria do ICBA – Salvador - Bahia”. · 1990 “Dentro do Escuro”- Galeria Vila Imperial – Vitória da Conquista - Bahia · 1989 “No Limite da Sagrada Família” – Museu de Arte Moderna da Bahia – Salvador – Bahia EXPOSIÇÕES COLETIVAS · 2004 Primeiro de Abril – Galpão Sta. Luzia –SSA · 2003 Líquidos – Galeria Caco Zanchi – SSA · 2002 Nono Salão da Bahia - MAM · 2001 Bienal do Mercosul Design 21 – Felíssimo Ny - EUA · 2000 Performance - Ação - ICBA Exposição Coletiva em Comemoração aos 25Anos da Galeria ACBEU – SSA Terrenos Exposição Coletiva - ICBA · 1995 Artistas Baianos - MAC – USP – Museu de Arte Contemporânea – Ibirapuera – SP · 1993 Artistas Emergentes – MAM - SSA · 1991 I Bienal do Recôncavo - Centro Cultural Dannemann – São Félix – Ba · 1990 Exposição Coletiva de Colagem – Instituto Cultural Brasil – Alemanha – Goethe Institut – Das Estrelas ao Asfalto – Museu de Arte da Bahia – MAB – SSA Z Eros ao Infinito – Galeria de Arte Nata – SSA · 1988 Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco – Edição 1988 – Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Pernambuco – Recife - PE PREMIAÇÕES · 2002 – Prêmio Brasken de Cultura e Arte Nono salão do MAM - BA · 1994 - II Bienal do Recôncavo · 1992 – XI Oficina Nacional da Dança Contemporânea – Concurso de Instalação e Performance II Salão Universitário de Artes Visuais II Salão Baiano de Artes Plásticas · 1988 - I Salão Baiano de Artes Plásticas · 1986 - I Salão METANOR / COPENOR de Artes Visuais da Bahia.

08/11/2009

Africanidades

 ARTE NEGRA ARTE
As diferenças estilísticas entre um povo e outro são tão grandes quanto as que podem existir entre o rococó e o cubismo. Para a mentalidade ocidental é difícil discernir tais individualidades e essa arte é vista como exótica


FOTOS: DIVULGAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃOOra escondidos, ora revelados, os mistérios estão por trás das máscaras africanas. Presentes nas mais respeitáveis coleções de arte tribal, elas influenciaram artistas do século 20, como Cezanne e Calder, e até mesmo o movimento cubista - manifestação estética que ocorreu entre 1907 e 1914, tendo como principais fundadores Pablo Picasso e Georges Braque. Em uma sociedade em que a dualidade das coisas (feminino/masculino, bem/mal) aponta para o equilíbrio, os cultos buscam sempre reverenciar a ancestralidade. Revelando, assim, a cultura de um povo escondido do mundo moderno, que começa a compreender que a África está onde a humanidade começou.
A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto da arte é funcional, desenvolvido para ser utilizado, ligado ao culto dos antepassados, profundamente voltado ao espírito religioso, característica marcante dos povos africanos. É uma arte extremamente representativa, chama atenção pela sua forma e estética, os simples objetos de uso diário como ornamentos e tecidos, expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria-prima.


FOTOS: DIVULGAÇÃO
Máscara facial Mukudji nera - Shira, Punu, Lumbo: Gabão
ARTE AFRICANA NA ATUALIDADE
Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma coexistência dos estilos e modos de expressão já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido disseminado por entre as diversas culturas africanas.
Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e as formas islâmicas podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso e Níger. Alguns desenhos e pinturas do leste indiano têm bastante similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos povos Dibibio e Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos também têm sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais.Texto da Revista Raça Brasil,por Fran Oliveira

A África encara suas máscaras e estátuas – em madeira e marfim ou bronze, muitas vezes em pedra ou cerâmica – não como obras de arte, mas sim, como instrumentos usados nos rituais mágico religiosos
 .Texto da Revista Raça Brasil,por Fran Oliveira

07/11/2009

Têmpera de ovo

Na disciplina de Arte e Processo, fazemos não só a busca pela teoria como invadimos os primordios da Arte executando obras com materiais usados pelos primeros artistas, um destes exemplos é a atividade com têmpera de ovo.
Pigmento, ovo, água,vinagre ou formal e muita paciência e viramos verdadeiros alquimistas misturando pó colorido(pigmento), gemas(poderia colocar claras, mas nunca coloque a gala e a membrana que recobre as gemas), gotas de formol ou vinagre fizeram a mistura ter durabilidade(evita fungos).

Criamos soluções com textura de creme de lama. Aplicamos,sim aplicamos, pincel não é lápis então lentamente fomos criando imagens.Olhem os resultados, mas lembrem que o que vale é força demonstrada na realização da tarefa.

Lindo trabalho com têmpera de ovo