Artesanato, arte popular e arte naïf são expressões utilizadas para designar trabalhos de artistas sem formação acadêmica ou sistemática.
Tais conceitos sempre estão sendo revistos e discutidos, pois muitas vezes acabam passando a ideia de que existe um tipo de arte melhor ou pior que outro, o que não é verdade.
Artesanato e arte popular, por exemplo, foram e ainda são expressões utilizadas para trabalhos artísticos que resgatam a cultura popular. No caso brasileiro, podemos dar alguns exemplos: literatura de cordel, tapetes de serragem coloridos feitos em feriados santos, pinturas e esculturas em madeira e cerâmica com temáticas populares (futebol, família, religiosidade, carnaval), etc.
Outra maneira de designar tais trabalhos é a expressão naïf, que significa "ingênuo", ou seja, uma arte ingênua, sem aprendizado sistemático.
Contudo, para continuar a refletir sobre esses conceitos, observe a imagem abaixo:
Ela é de autoria de G.T.O., nome artístico de Geraldo Teles de Oliveira, que realiza seus trabalhos com seus filhos, ou seja, é uma técnica que passa de pai para filhos, uma tradição.
Olhando a imagem, você pode afirmar que não houve um aprendizado sistemático? Pode não ter sido acadêmico, mas certamente tem um método, foi sistemático.
A ideia de tradição presente nas obras de G.T.O. não se refere à sua exclusividade, pois as técnicas e o trabalho são, quase sempre, passados de geração em geração na cultura popular.
Um dos maiores expoentes brasileiros na arte popular, reconhecido inclusive internacionalmente, foi o pernambucano Mestre Vitalino.
Mestre Vitalino começou a fazer escultura de cerâmica ainda criança, com as sobras do barro usado por sua mãe, que era louceira, isto é, fazia utensílios para cozinha
A peça acima é uma espécie de autorretrato demonstrando a tradição ceramista que se perpetua em sua família. Mas suas obras mais conhecidas são as que retratam os costumes, a história e a cultura pernambucana:
Tais conceitos sempre estão sendo revistos e discutidos, pois muitas vezes acabam passando a ideia de que existe um tipo de arte melhor ou pior que outro, o que não é verdade.
Artesanato e arte popular, por exemplo, foram e ainda são expressões utilizadas para trabalhos artísticos que resgatam a cultura popular. No caso brasileiro, podemos dar alguns exemplos: literatura de cordel, tapetes de serragem coloridos feitos em feriados santos, pinturas e esculturas em madeira e cerâmica com temáticas populares (futebol, família, religiosidade, carnaval), etc.
Outra maneira de designar tais trabalhos é a expressão naïf, que significa "ingênuo", ou seja, uma arte ingênua, sem aprendizado sistemático.
Contudo, para continuar a refletir sobre esses conceitos, observe a imagem abaixo:
Ela é de autoria de G.T.O., nome artístico de Geraldo Teles de Oliveira, que realiza seus trabalhos com seus filhos, ou seja, é uma técnica que passa de pai para filhos, uma tradição.
Olhando a imagem, você pode afirmar que não houve um aprendizado sistemático? Pode não ter sido acadêmico, mas certamente tem um método, foi sistemático.
A ideia de tradição presente nas obras de G.T.O. não se refere à sua exclusividade, pois as técnicas e o trabalho são, quase sempre, passados de geração em geração na cultura popular.
Um dos maiores expoentes brasileiros na arte popular, reconhecido inclusive internacionalmente, foi o pernambucano Mestre Vitalino.
Mestre Vitalino
Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, nasceu em Ribeira dos Campos, Caruaru, em 1909, e faleceu em Alto de Moura, Caruaru, em 1963. Foi um ceramista reconhecido por retratar em seus bonecos de barro a cultura do povo nordestino.
Mestre Vitalino começou a fazer escultura de cerâmica ainda criança, com as sobras do barro usado por sua mãe, que era louceira, isto é, fazia utensílios para cozinha
A peça acima é uma espécie de autorretrato demonstrando a tradição ceramista que se perpetua em sua família. Mas suas obras mais conhecidas são as que retratam os costumes, a história e a cultura pernambucana:
Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & ComunicaçãoValéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte).
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