17/11/2009

Afrodescedentes na Arte:



Um negro na arte.Aleijadinho imprime cores e feições muitas vezes distantes das européias respeitando sua origem.
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em Vila Rica, hoje Ouro Preto MG, por volta de 1730. Era filho natural de um mestre-de-obras português, Manuel Francisco Lisboa, um dos primeiros a atuar como arquiteto em Minas Gerais, e de uma escrava africana ou mestiça que se chamava Isabel.
A formação profissional e artística do Aleijadinho é atribuída a seus contatos com a atividade do pai e a oficina de um tio, Antônio Francisco Pombal, afamado entalhador de Vila Rica. Sua aprendizagem, além disso, terá sido facilitada por eventuais relações com o abridor de cunhos João Gomes Batista e o escultor e entalhador José Coelho de Noronha, autor de muitas obras em igrejas da região. Na educação formal, nunca cursou senão a escola primária.
O apelido que o celebrizou veio de enfermidade que contraiu por volta de 1777, que o foi aos poucos deformando e cuja exata natureza é objeto de controvérsias. Uns a apontam como sífilis, outros como lepra, outros ainda como tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés. De concreto se sabe que ao perder os dedos dos pés ele passou a andar de joelhos, protegendo-os com dispositivos de couro, ou a se fazer carregar. Ao perder os dedos das mãos, passou a esculpir com o cinzel e o martelo amarrados aos punhos pelos ajudantes.
Algumas obras de Aleijadinho;



Jesus Cristo
       
A Última Ceia - Clique para ampliar











Anjo segurando o cálice - Clique para ampliar


Cristo do Passo do Horto - Clique para ampliar

Cristo do Passo da Cruz-às-costas - Clique para ampliar



       



Divino Espírito Santo - Clique para ampliar
Índice das fotos:
1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Profetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e N

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1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), S
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1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Pr

Índice das fotos:
1.ª foto: Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Profetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e Nossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
7.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)

ofetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e Nossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
7.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)

antuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
2.ª foto: A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
3.ª foto: Jeremias, Oséias e Daniel – Adro dos Profetas (são 12, os profetas), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
4.ª foto: Sant'Ana e Nossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
7.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)

ossa Senhora – Museu do Ouro, Sabará, MG; Anjo segurando o cálice (à direita).
5.ª foto: Cristo do Passo do Horto; Cristo do Passo da Cruz-às-costas (à direita).
6.ª foto: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e Adro dos Profetas, Congonhas, MG; Casa de Aleijadinho, Bairro de Antônio Dias, Ouro Preto, MG (à direita).
 


Dez artistas Negros: O artista plástico e museólogo Emanoel Araújo resgatou a obra dos pintores negros brasileiros

  Neste regate reuniram-se 140 pinturas de 10 artistas atuantes entre a segunda metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20. O período em questão, na verdade, ainda não mereceu maior atenção dos estudiosos e historiadores da arte. Ao contrário, Emanoel Araújo ressalta "os maus tratos, a ignorância e a insensibilidade com que se trata no Brasil a história e a memória iconográfica" dessa época.

"Durante muito tempo", diz o museólogo, "pouco se sabia sobre esses pintores, pouco se conhecia de sua produção artística". "Na verdade, essas obras ainda surpreendem quando aparecem no mercado de arte", ele acrescenta, lembrando "a necessidade de uma política de revisão para resgatar em profundidade essa produção artística".

De qualquer modo, dez artistas já passaram a ter seus nomes inscritos, definitivamente, na história da arte no Brasil. "A vida de cada um deles", conta Araújo, "foi uma interminável batalha, um grande esforço pessoal, de uma tenacidade inimaginável, pela afirmação e reconhecimento de suas obras". "O fato de seus nomes permanecerem já credencia a raça negra ao reconhecimento da nação pela sua contribuição à construção da cultura brasileira", conclui.
                                                     
     
   Arthur Timótheo (1882-1922)
Trabalhou  na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e, posteriormente, na Escola Nacional de Belas Artes. Foi pintor de paisagens e figuras, destacando-se entre essas nus e retratos. Algumas de suas paisagens impressionam pela textura, pela luminosidade e pela intensidade do colorido. Esteve na Europa onde manteve contatos artísticos que o influenciaram.




Benedito José Tobias (1894-1963)
O artista é mais conhecido pelos pequenos retratos de negros e negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache sobre papel, “com maestria e com uma certa tensão expressionista”, segundo avaliação de Emanoel Araujo. Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da qualidade e do empenho do artista em desenvolver a técnica pictórica.


Benedito José de Andrade (1906-1979)

Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as décadas de 30 e 40. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, sendo aluno de Viggiani, Panelli e Enrico Vio. Recebeu vários prêmios e está inserido historicamente numa circunstância de intensa produção artística.
Emmanuel Zamor (1840-1917)

Nasceu em Salvador, mas foi criado nas Europa pelos franceses Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu, seus pais adotivos. Estudou música e desenho na Europa. Foi pintor e cenógrafo. Freqüentou a Academie Julian, em Paris, anos antes de Tarsila do Amaral. Voltou ao Brasil entre 1860 e 1862, quando parte de suas obras foi destruída em um incêndio no Brasil.
Estevão Silva (1845-1891)
Foi o primeiro pintor negro a se formar na Academia Imperial de Belas Artes e pode ser considerado um dos melhores pintores de natureza morta do século 19. Realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. A crítica ressalta a qualidade das composições do artista, realizadas com prodigalidade de vermelhos, amarelos e verdes.



Firmino Monteiro (1855 – 1888)
Nasceu no Rio de Janeiro e teve infância atribulada. Exerceu várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Sua reputação se deve à pintura histórica e de gênero, mas executou pintura religiosa e principalmente paisagens.

João Timótheo (1879-1932)
Artista de produção numerosa (deixou cerca de 600 obras), iniciou o aprendizado na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Pintor, decorador e gravador, realizou paisagens, retratos, marinhas, pintura histórica e de costumes. Foi aluno de mestres como Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa.


Horácio Hora (1853-1890)

Nasceu em Sergipe, onde fez os primeiros estudos. Viajou à Europa com subsídio do governo imperial. Em Paris, tornou-se freqüentador habitual do Louvre. Ganhou vários prêmios. Especializou-se em retratos, mas o trabalho considerado sua obra prima é a tela “Pery e Cecy”, inspirada na literatura de José de Alencar.


Rafael Pinto Bandeira (1863-1896)

Aos 16 anos já estava na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Prematuramente reconhecido, o artista permaneceu por vários anos em Salvador onde foi professor de desenho e paisagismo. É considerado como um dos mais importantes paisagistas e marinhistas do século 19.
Wilson Tibério (1923-2005)
Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo Emanoel Araujo, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal, de onde foi expulso por se envolver num movimento revolucionário. Faleceu na França.



 Photos by Zelinda Barros
.ª foto: Divino Espírito Santo (Aleijadinho)
                                        
                                                

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